Todas as mulheres produzem androgênios, que contribuem na manutenção da função ovariana normal, metabolismo ósseo, função sexual, aumento da massa muscular e diminuição da gordura corporal, entre outras.
Os androgênios encontrados no sangue são o sulfato de dehidroepiandrosterona (DHEA-S), dehidroepiandrosterona (DHEA), androstenediona, testosterona e dehidrotestosterona (DHT), mas os três primeiros são considerados pró-hormônios, necessitando conversão em testosterona ou DHT para expressar algum efeito.
Naturalmente, as concentrações de testosterona declinam gradualmente com a idade. Não existe uma síndrome de deficiência androgênica bem estabelecida nas mulheres, com sintomas bem caracterizados e, para dificultar o diagnóstico, as dosagens de androgênios não parecem ser fator determinante de nenhuma sintomatologia. Entretanto, algumas condições podem representar uma síndrome de deficiência androgênica, como a retirada dos ovários e algumas medicações, como os anticoncepcionais orais ou a terapia hormonal oral. Nos dois últimos casos, há diminuição da testosterona livre devido ao aumento de uma proteína que se liga a ela, a SHBG.
Acne, aumento de pelo no corpo e queda de cabelo são os efeitos adversos maiores da terapia com androgênios. O agravamento na voz e a hipertrofia do clitóris são complicações mais raras. Mudanças detectadas nos exames laboratoriais podem ser a diminuição do colesterol bom e um aumento do colesterol ruim e triglicérides. É importante monitorar toda a função hepática antes e algumas semanas após o início do uso e, mesmo posteriormente, em intervalos maiores.
Havendo necessidade, as dosagens prescritas vão sendo aumentadas gradualmente, até obtenção dos efeitos desejados, com formulações bioidênticas, preferencialmente de uso diário, pois podem ser interrompidas com facilidade.
Essas informações não substituem a consulta médica, com uma avaliação pessoal. Portanto, o uso desses hormônios não deve acontecer sem o acompanhamento de um médico da sua confiança.
Que boas energias lhe acompanhem,
Dra. Rejane Itaborahy
CRM MT 4111

