A incontinência urinária é muito comum, com estimativa de que perto de 50% das mulheres adultas possam experiênciá-la1, embora muitas relutem em procurar ajuda, por constrangimento, desconhecimento das opções de tratamento ou medo da cirurgia.
A incontinência urinária pode causar impacto em muitos aspectos da saúde da mulher:
- Qualidade de vida: há associação com depressão, ansiedade, isolamento social e incapacidade para o trabalho2.
- Função sexual: um terço das mulheres incontinentes tem perda de urina durante a relação sexual, com impacto muito negativo na função sexual3.
- Outras morbidades: infecções urinárias recorrentes, infecções perineais devido à dermatite (inflamação na pele) causada pela exposição constante da pele e mucosa à urina. A necessidade de levantar muitas vezes à noite também está associada a aumento na incidência de quedas e fraturas4.
Fatores de risco incluem idade, menopausa, ganho de peso, número de partos, história familiar, tabagismo, diabetes, história de derrame, histerectomia (retirada do útero), radioterapia pélvica, entre outros.
O controle sobre a micção depende de uma fisiologia intacta, incluindo o trato urinário inferior, o assoalho pélvico e os componentes neurológicos. Para entender melhor os defeitos do assoalho pélvico leia aqui no Papo de Mulher o tópico Perder urina é bexiga baixa?
O tratamento da incontinência urinária depende da causa subjacente, do tipo e gravidade da incontinência e dos defeitos do assoalho pélvico associados a ela. Alguns casos podem ser tratados com técnicas comportamentais, medicamentos, fisioterapia especializada ou cirurgia, havendo, em muitos casos, uma associação de tratamentos para obtenção dos melhores resultados. Caso você vivencie esse sintoma, procure um especialista para definir quais as melhores opções para o seu caso.
Que boas energias lhe acompanhem,
Dra. Rejane Itaborahy
CRM MT 4111

