A doença trofoblástica gestacional, devido à sua raridade, enche de angústia aquelas que se deparam com ela.
Perguntas que ouço com frequência: o que eu tive não foi uma gravidez? E por que agora corro risco de ter câncer? Sim, foi uma gravidez.
A mola hidatiforme acontece quando, na fecundação, o material genético do pai se duplica. Se houver perda do material genético da mãe, o embrião não se forma e acontece a mola completa. Quando o material genético da mãe permanece, há formação de embrião, mas devido ao número aumentado de cromossomos (os do pai se duplicaram, lembra?), esse embrião não é viável.
Essa genética anormal leva a uma proliferação anormal dessas células, podendo levar à evolução para uma neoplasia. A neoplasia mais comum, que acontece somente após a mola, é a mola invasora. A segunda neoplasia trofoblástica gestacional mais comum é o coriocarcinoma, que pode se seguir a qualquer tipo de gestação, seja mola, aborto ou gestação normal. Isso mesmo, qualquer mulher que tenha tido um tecido trofoblástico se proliferando, cujo material genético, mesmo que correto, envolveu cromossomos de outra pessoa (do parceiro), pode desenvolver uma neoplasia trofoblástica gestacional.
Por sorte, essas doenças têm um marcador extremamente fidedigno. Onde há doença trofoblástica, há beta hCG elevado. Porisso o acompanhamento com esse exame é tão importante.
No Brasil inteiro há centros de referência da Associação Brasileira de Doença Trofoblástica Gestacional, que tem, inclusive, uma FunPage pronta para ouvir os depoimentos e responder dúvidas das pacientes. Apareça por lá!
Visite o Facebook da Associação Brasileira de Doença Trofoblástica Gestacional
Que boas energias lhe acompanhem,
Dra. Rejane Itaborahy
CRM MT 4111

